Queda de emprego na indústria pode aumentar informalidade, alerta Campagnolo

Setor industrial foi o que mais fechou vagas em 2015 no Paraná

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, disse nesta sexta-feira (22) que a notícia da queda de emprego na indústria do Paraná é muito preocupante e que providências precisam ser tomadas para reverter este quadro. “O risco do desemprego é elevar os índices de informalidade”, alerta Campagnolo. E, segundo ele, a informalidade gera concorrência desleal, prejudicando a competitividade da indústria como um todo e a economia do país. “Além disso, o trabalho informal não resulta em arrecadação, o que contribui para agravar o rombo da previdência”, adverte.

Para Campagnolo, o governo terá que encontrar saídas para esta crise e isso terá que ser construído em conjunto com a classe empresarial. “O governo federal sinalizou que está reativando o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) e vamos reivindicar assento neste Conselho para industriais do Paraná”, disse o presidente da Fiep.

O CDES, o chamado “Conselhão” foi criado em 2003 no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A atribuição do CDES é assessorar o presidente da República na formulação de diretrizes para o país e de propostas de políticas públicas, reformas estruturais e de desenvolvimento econômico e social. A presidência do CDES cabe à presidente da República. Seus membros são designados pela presidência para um mandato de dois anos, com possibilidade de recondução. Na composição do Conselho estão presentes trabalhadores, empresários, representantes de movimentos sociais, governo e lideranças expressivas de diversos setores.

Desemprego

A redução dos níveis de emprego no País foi divulgada na semana passada. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 1,5 milhão de vagas foram fechadas no País em 2015.  É o pior número da série histórica iniciada em 1992. O Paraná foi o sexto estado que mais demitiu, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Pernambuco. Foram 75.548 demissões no mercado de trabalho paranaense no período.

O setor industrial foi o mais afetado. Das 75.548 vagas fechadas, 63 mil foram na indústria, sendo 46 mil na indústria de transformação e 16 mil na indústria da construção civil. O restante ocorreu na indústria extrativista.

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